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Foto do escritorBeatriz Moraes

Setor de eventos precisa de inspiração, criatividade e energia

Atualizado: 12 de abr. de 2022

Em 2018, a economia mostra uma tendência de descolar da política e retomar o crescimento, mesmo que com índices pequenos. O setor de eventos corporativos é extremamente sensível aos movimentos da economia. Nos últimos três anos, a crise econômica e política praticamente parou a economia brasileira. Em meados de 2016, a Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc) já apontava um corte de 60% na verba investida por empresas em eventos técnicos e de negócios que, consequentemente, promoveu uma retração entre 30 e 40% naquele ano.



Neste momento, os organizadores de eventos corporativos precisam compreender que as pessoas estão sem tempo, cuidando de seus negócios, e só saem do escritório se o tema for relevante e com bons palestrantes, de impacto e que agreguem. Por isso, o setor precisa se reinventar.

Em relação à quantidade de pessoas que comparecem aos eventos, é possível apontar um decréscimo em torno de 25%. Hoje, reunir pessoas em tempos de redes sociais não é tão simples como no passado. A internet acabou distanciando as pessoas e tem levado as equipes de Marketing a utilizar cada vez mais a criatividade para atrair as pessoas.

É bom lembrar que estamos na era da tecnologia e essa deve ser a grande tendência dos eventos corporativos, com muita interação com o público através de tecnologias que permitam o registro das ações em tempo real: engajar, conversar e entregar algo diferenciado para eles.

É neste momento de transição que as empresas diferenciadas e conectadas com seu tempo reúnem determinadas audiências e mostram a força de sua marca. As novas ideias e produtos inovadores são apresentados com uma postura positiva da equipe frente aos desafios impostos pelo mercado e pela economia mundial.

Os eventos corporativos são necessários, mas precisam transmitir inspiração, criatividade e energia em sua mensagem para uma grande quantidade de pessoas que, por meio das redes sociais, irão compartilhar se o produto for bom e a mensagem verdadeira.

O setor de eventos possui mil empresas atuantes com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (Cnaes) de atividades diretas e indiretas relacionadas à realização de eventos. É responsável pela geração de cinco mil empregos diretos e 15 mil indiretos.

A pesquisa mais recente que circula nos meios de comunicação foi realizada em 2013, por iniciativa do Sebrae Nacional e da Abeoc, portanto antes da crise atacar efetivamente a economia brasileira. Ela mostrou que o setor estava em plena expansão, crescendo por volta de 14% ao ano.

A pesquisa do Sebrae e da Abeoc revelou que esse segmento movimentou R$ 209,2 bilhões em 2013, o que representa uma participação do setor de 4,32% do PIB nacional. A pesquisa anterior sobre esse mercado, feita em 2002 com dados de 2001, apontou que a renda anual da indústria de eventos foi de R$ 37 bilhões naquele ano. É o momento de o setor arregaçar as mangas e retomar esse crescimento com muita criatividade, ideias disruptivas e tecnologia para amplificar a experiência com os públicos de interesse.

Por Beatriz Moraes, para Coletiva.net

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