A situação epidemiológica atual, que aos poucos desobriga o uso de máscara para circulação ou permanência em vias públicas ou em espaços públicos ou privados ao ar livre, além da redução dos números de infectados pela Covid-19, são sinais positivos do primeiro trimestre de 2022. Eles propiciam a aceleração no segmento de eventos e feiras, que foi um dos mais prejudicados pela pandemia.
As necessárias medidas preventivas chegaram a atingir 97% desse setor, que é responsável por 4,32% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil. Uma área que movimenta R$ 270 bilhões, com mais de 590 mil atividades promovidas por ano, conforme a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape).
No entanto, é preciso levar em conta que a pandemia mudou a forma de produzir eventos, que se tornaram híbridos, permitindo a participação de um maior número de pessoas, onde quer que elas estejam. Já está claro que a combinação de atividades presenciais e transmissões online, com muita tecnologia, veio para ficar. Muitas vezes pela otimização do tempo, evitar gastos com viagens, entre outros motivos.
Só que os eventos pós pandemia vão exigir investimentos ainda maiores em tecnologia e, principalmente, muita criatividade. É preciso entender que os formatos não serão iguais aos feitos antes e durante a Covid-19. Com a pandemia controlada, com comprovantes de vacinação e testes negativos, as pessoas vão querer espaço para eventos presenciais, possibilitando o abraço e o olho no olho, sem eliminar o formato híbrido.
Cada vez mais precisaremos ter a percepção de como e o quanto misturar formato presencial e plataforma digital, que tipo de tecnologia utilizar, conforme o cliente. Como embalar tudo e apresentar ao mercado.
Até julho, as capitais brasileiras, incluindo Porto Alegre, devem contar com a nova geração de tecnologia móvel 5G. A promessa é de uma velocidade muito maior que a 4G, conexões mais estáveis e a possibilidade de mais acessos simultâneos sem perda da qualidade.
A transmissão de um evento, coleta de dados, downloads, uso de tablets, notebooks e smartphones dos participantes passarão a ser contados em segundos. As possibilidades se multiplicam para a roteirização do evento.
A realidade virtual cresceu muito neste período. O exemplo do momento é o metaverso - o espaço virtual coletivo e hiper-realista, oriundo do mundo dos games – que pretende eliminar as fronteiras entre o mundo físico e o digital. As Big Techs estão determinadas a construir essa rede e definir modelos de negócio que a tornarão viável e lucrativa.
O desafio dos produtores de eventos é saber mesclar as novas tecnologias de forma racional, dando importância às pessoas físicas, mais do que os avatares. Não descuidar do meio ambiente, com gestão de resíduos durante o evento. Um olhar para o social em um ano tão difícil como está sendo 2022. Todos esses movimentos reverterão à marca, como complemento ao evento em si.
uma matéria divina, a expressão dos acontecimentos atuais.